quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A administração em Taylor e Fayol

   Seria um tanto inútil enumerar os avanços obtidos pela obra de Taylor. O autor conduziu as operações de trabalho a um considerável ganho de produtividade, reduzindo o custo unitário dos produtos e ampliando a margem de lucros do empresariado; racionalizou o processo produtivo, dando início à busca metódica de elevação da produção, com uma forte contribuição à dinâmica produtiva do capitalismo. Da mesma forma, são notórios os malefícios gerados aos operários, oriundos da minuciosa especialização de tarefas, sendo deveras redundante tecer críticas ao taylorismo nesta sucinta análise.

   Já Henri Fayol, trata a gestão a nível organizacional, numa analogia ao corpo, na qual todos os membros deveriam trabalhar e coordenar esforços para chegar a objetivos comuns. Encontra-se, aqui, um ponto de confluência entre Fayol e Taylor, tendo em vista que o primeiro acreditava na articulação de interesses em nome dos objetivos da empresa, desconsiderando a existência de conflitos internos, que sob efeito da administração seriam diluídos. Embora Taylor admita a existência do conflito na fábrica, parece julgá-lo incoerente e minimizável uma vez que seja aplicada a administração científica (e seus decorrentes ganhos de produtividade, lucro e salários).

   Fayol menciona a flexibilidade administrativa, calcada também na experiência e conhecimentos tácitos, em detrimento de saberes teóricos e posturas rígidas no planejamento e execução do trabalho. Ademais, o fayolismo descreve 14 princípios para o bom funcionamento da organização, como disciplina, centralização, unidade de comando, entre outros. Ainda temos algumas empresas que utilizam tanto teorias fayolistas como tayloristas. A ATU Cia Ltda, por exemplo, empresa equatoriana especializada na fabricação de móveis de escritório, possui na alta gerência a aplicação do fayolismo (predomina a capacidade administrativa com reuniões de grupo com representantes de todos os setores da empresa, como um corpo social) e na parte operativa a aplicação do taylorismo (no fichamento de tarefas padrão e cronometragem da produção de mercadorias).
Frederick Winslow Taylor
Henri Fayol

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